A Oração de Cura e Misericórdia, sempre na primeira quinta feira de cada mês, a partir da igreja de SJBaptista em Coimbra, depois de alguns meses em regime online, pelo Zoom, vai-se aventurar num regime misto: quem o desejar, enquanto a lotação da igreja o permitir e respeitando todas as orientações da Conferência Episcopal Portuguesa sem descurar as recomendações da DGS, poderá comparecer na igreja de São João Baptista onde decorre a adoração eucarística desde as 8h00 ou ligar-se pelo Zoom e participar online.
Na verdade, muitas vezes e de muitas maneiras temos vindo a experimentar quase até à exaustão que ao Senhor e ao seu Espírito Santo tanto se lhe dá que estejamos presencialmente ou online: temos continuado a ser abundantemente presenteados com a sua graça, quase sempre para nossa grande surpresa e crescimento na confiança, abandono e fé.
Quinta feira, dia 6 de maio, pelas 21h30 presencialmente ou online: o link é divulgado por volta das 20h00 nos nossos sites e na nossa LinkTree (https://linktr.ee/comunidadeemanuel).
No ano 2000 São João Paulo II dedicou o domingo a seguir à Páscoa à Misericórdia Divina em resposta ao pedido que Jesus fez a Santa Faustina, a qual no início do séc. XX teve numerosas visões de Jesus Ressuscitado. Está é, portanto uma Festa que o próprio Jesus pediu para ser instituída !! E será no próximo domingo.
Estamos na semana em que os discípulos, apesar de ter visto o Ressuscitado no domingo de Páscoa, continuaram cheios de medo, mantendo «as portas fechadas» e sem conseguir sequer convencer da ressurreição o único ausente, Tomé. E o que é que faz Jesus perante esta incredulidade medrosa? Regressa 8 dias depois e coloca-Se na mesma posição, «no meio» dos discípulos, e repete a mesma saudação: «A paz esteja convosco!» (Jo 20, 19.26).
A ressurreição do discípulo começa daqui, desta misericórdia fiel e paciente, da descoberta que Deus não Se cansa de estender-nos a mão para nos levantar das nossas quedas. Quer que O vejamos assim: não como um patrão com quem devemos ajustar contas, mas como o nosso Papá, que sempre nos levanta. Na vida, caminhamos tateando, como uma criança que começa a andar, mas cai; dá alguns passos e cai novamente; cai e volta a cair, mas sempre o pai a levanta. A mão que nos levanta sempre é a misericórdia: Deus sabe que, sem misericórdia, ficamos caídos no chão; ora, para caminhar, precisamos de ser postos de pé.
Podemos achar que estamos sempre a cair… O Senhor sabe disso, e está sempre pronto a levantar-nos de novo. Não quer ver-nos a pensar continuamente nas nossas quedas, mas que olhemos para Ele, que, nas quedas, vê os filhos a levantarem-se; e nas misérias, vê filhos a amar com misericórdia.
Jesus disse á Santa Faustina: «Eu sou o amor e a misericórdia em pessoa; não há miséria que possa superar a minha misericórdia».
E ainda:
“A humanidade não encontrará paz, enquanto não se voltar com confiança para a Misericórdia Divina”. Jesus incentiva-nos a dizermos-Lhe frequentemente: “Jesus, eu confio em Ti!” Se há Alguém em quem podemos confiar é n’Ele, que deu a vida por nós.
Um dia em que a Santa Faustina dizia toda contente a Jesus que Lhe oferecera toda a sua vida tudo o que tinha, ouviu d’Ele uma resposta que a surpreendeu. Jesus queixou-se: «Tu não me ofereceste aquilo que é verdadeiramente teu». Que teria então ela guardado para si? É então que Jesus lhe diz: «Filha, dá-me a tua miséria» Podemos, também nós, interrogar-nos: «Dei a minha miséria ao Senhor? Mostrei-Lhe as minhas quedas, para que me levante?» Ou há algo que conservo ainda dentro de mim? Um pecado, um remorso do passado, uma ferida que trago dentro, rancor contra alguém, mágoa contra uma pessoa em particular… O Senhor espera que Lhe levemos as nossas misérias, para nos fazer descobrir a sua misericórdia.
Durante a Paixão, os discípulos tinham abandonado o Senhor e sentiam-se em culpa. Mas Jesus, ao encontrá-los, não lhes prega um longo sermão. A eles, que estavam feridos por dentro, mostra as suas chagas. Tomé pode tocá-las, e descobre o amor: descobre quanto Jesus sofrera por ele, que O tinha abandonado. Naquelas feridas, toca com a mão a terna proximidade de Deus. Tomé, que chegara atrasado, quando abraça a misericórdia, ultrapassa os outros discípulos: não acredita só na ressurreição, mas também no amor sem limites de Deus. E faz a profissão de fé mais simples e mais bela: «Meu Senhor e meu Deus!». Ora aqui está a ressurreição do discípulo: realiza-se quando a sua humanidade, frágil e ferida, entra na humanidade de Jesus. Aqui dissolvem-se as dúvidas; aqui Deus torna-Se o meu Deus; aqui recomeça a aceitar-se a si mesmo e a amar a própria vida.
Na provação que estamos a atravessar, também nós, com os nossos medos e as nossas dúvidas como Tomé, nos reconhecemos frágeis. Precisamos do Senhor, que, mais além das nossas fragilidades, vê em nós uma beleza indelével. Com Ele, descobrimo-nos preciosos nas nossas fragilidades. Descobrimos que somos como belíssimos cristais, simultaneamente frágeis e preciosos. E se formos transparentes diante d’Ele como o cristal, a sua luz – a luz da misericórdia – brilhará em nós e, por nosso intermédio, no mundo.
Nesta festa da Divina Misericórdia, este belo anúncio chega através do discípulo mais atrasado. Só faltava ele, Tomé. Mas o Senhor esperou por ele. A misericórdia não abandona quem fica para trás.
Tema dado pela Inês Pereirinha no serão de cura e misericórdia de 8 de Abril 2021
Percurso dinamizado pela Comunidade Emanuel, sempre à terça feira à noite, durante a quaresma.
Ficheiro com o resumo e os exercícios: descarregar
GRATIDÃO, o mais benéfico dos hábitos interiores.
Os seus efeitos benéficos são surpreendentes. Eles são numerosos, duráveis e comprovados. A gratidão está no coração da fé cristã, pois a própria palavra Eucaristia (missa) significa ação de graças, isto é, gratidão.
A gratidão atua ao nível do nosso corpo, da nossa psique, ao nível relacional e espiritual. Ao longo dessa jornada, aprenderemos a nos tornar pessoas cheias de gratidão e, assim, a entrar numa nova vida com Jesus.
Inspirado na obra do Padre Pascal Ide, o “Milagre da Gratidão” é uma jornada de 5 etapas desenhada pelo Padre Lionel Dalle, um padre da Comunidade Emanuel, para formar os seus paroquianos durante a Quaresma. Os frutos foram tantos que muita gente pediu para reaproveitar o curso e adaptá-lo para acompanhar outros grupos.
Etapa 1: O poder da gratidão
Etapa 2: Cultive a virtude da gratidão
Etapa 3: Cresça em gratidão por si mesmo
Etapa 4: Torne-se um mestre na virtude da gratidão
Estamos a iniciar o Advento, tempo de espera e caminhada para o Natal.
O Advento começa com um profundo suspiro de fé e de esperança dirigido ao Senhor, “nosso Pai”, “nosso Redentor”, semelhante aos que subiam da boca e do coração dos nossos antepassados na fé, os santos do Antigo Testamento, que viveram antes da vinda do Filho de Deus. A vigilância é agora inculcada, com todo o rigor, pelo próprio Senhor Jesus.
Esta vida é como uma longa vigília, com os seus tempos sucessivos aguardando o sol nascente – Cristo – que vem do alto, como todas as manhãs recordamos na oração da manhã (Laudes). A solenidade do Natal, a que o Advento nos conduzirá, vem, em cada ano, antecipar simbolicamente aquela vinda gloriosa do Senhor no último dia, o dia que nos introduz na “vida do mundo que há-de vir”.
Como tem vindo a acontecer desde há uns meses a esta parte, no serão de cura e misericórdia, depois de um tempo inicial de louvor ao Senhor sacramentalmente exposto, é feito um pequeno ensinamento/palestra de não mais de 10 minutos – o tempo de uma homilia. Na semana passada foi a partir de Mt 1, 18-25.
S. José teve muita sorte em ser o esposo de Maria e o pai humano de Jesus. Mas a sua vida não foi sempre muito fácil e repousante! Pelo contrário, a extraordinária responsabilidade que lhe foi entregue conduziu-o à santidade através de circunstâncias dramáticas. Vamos agora dar aqui alguns exemplos e veremos como este homem pode ser para nós modelo nas provações que ele teve de superar e que, por vezes, são semelhantes às nossas.
Primeiro que tudo, S. José sentiu-se certamente perplexo e ultrapassado pelo anúncio do nascimento sobrenatural de Jesus. Ele viu-se diante do incompreensível. Não podendo duvidar de Maria, ele com certeza duvidou de si próprio, sentindo-se indigno da missão grandiosa que lhe estava a ser proposta e que transtornava por completo os projetos de vida que ele legitimante tinha pensado com Maria. Qual é então a sua reação? É a de uma obediência a Deus imediata, total. Ele não discute, não entra em rodeios, não hesita. Ele é um homem justo, quer dizer “ajustado” à vontade de Deus em todas as coisas, mesmo quando não compreende tudo. A sua vida de homem justo, orante e crente, já o tinha preparado para desempenhar este papel extraordinário e a avançar.
Chegado a Belém, com a sua mulher quase a dar à luz, não é recebido na hospedaria: “E quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz, e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria”. (Lc 2,6-7). Como S. José deve ter ficado dececionado, inquieto, tomado por um sentimento de impotência, ele que queria fazer o melhor possível pela sua mulher e pelo seu filho, estar à altura dos acontecimentos… Foi preciso aceitar a humilhação de não poder fazer nada, apesar do seu desejo, do seu amor. A única solução que conseguiu encontrar foi abrigarem-se num estábulo miserável. Ele só pode oferecer a sua pobreza, a sua boa vontade, a sua incapacidade. No entanto, é quando ele se deixa guiar na pobreza que ele percebe qual era o verdadeiro plano de Deus: o nascimento do Salvador do mundo na humildade mais profunda, na indiferença e rejeição dos homens.
Mais tarde, ele não pode deixar de se angustiar face às incertezas do seu futuro e da sua família. O rei Herodes quer matar o seu filho; é urgente fugir para o Egito, emigrar para um país estrangeiro, onde perde todas as suas referências, sem saber quanto tempo iria durar esse exílio.
“O anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e fica lá até que eu te avise, pois Herodes procurará o menino para o matar. E ele levantou-se de noite, tomou o menino e a sua mãe e partiu para o Egito, permanecendo ali até à morte de Herodes.” (Mt 2, 13-15)
Quando Jesus tinha doze anos, S. José perde-o em Jerusalém, ele que era o responsável pelo menino diante de Deus. Qual deve ter sido de novo a sua angústia, como se deve ter recriminado a si mesmo!
A própria Maria declara ao seu filho quando o reencontram no Templo ao fim de três dias de aflição: “Filho, porque nos fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!” (Lc 2, 48).
Em todos estes acontecimentos, S. José escolheu um só caminho: obedecer a Deus, escutar a sua palavra, transmitida pelo anjo e pelo seu filho. Ele, tal como Abraão seu ancestral, confiou sempre no Senhor, sem desfalecer. Ele guardou uma fé total, mesmo tendo tido, com certeza, muitas lutas interiores.
Porque ele foi, sem dúvida, provado na sua fé. Ele acompanhou Jesus durante uma grande parte da sua vida oculta, sem nunca ter visto nenhuma das promessas de Deus acontecerem. Ele esperou o cumprimento da palavra de Deus. Parecia ser em vão. Jesus vivia em Nazaré, sem sair muito dali, sem fazer nada de extraordinário: será mesmo ele o Messias? Como ter a certeza? “Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos Homens”. (Lc 2, 40). No entanto, José permaneceu confiante, rezando na esperança, sem exigir explicações da parte de Deus. Numa espera serena face ao mistério silencioso de Jesus, esta criança e depois este jovem tão perfeito, tão dotado, este excelente carpinteiro que não revelava nada do seu destino como Messias.
José perplexo, rejeitado, angustiado, posto à prova como tantos pais, como a maior parte de nós aqui, num momento ou outro da nossa vida. As suas respostas deveriam ser as nossas respostas, porque ele é um guia seguro para cada um de nós.
Como ele, nós deveríamos procurar ser “justos”, preparando-nos pela oração, pela escuta da palavra de Deus, pela escolha de uma vida digna, para nos “ajustarmos” à vontade de Deus. Como S. José, podemos decidir obedecer ao Senhor em todas as coisas, entregando-lhe cada instante da nossa existência. Como S. José, no que quer que nos aconteça, podemos assim permanecer na confiança em Deus, contra tudo e todos, e permanecer firmes na fé, na esperança e na paz.
19:00h – Acolhimento 19;30h – Jantar partilhado 21:00h – Ceia do Senhor e Lava-Pés 24:00h – Fim da Adoração
30 de Março, sexta-feira santa
09:30h – Laudes 10;30h – Tema 11:30h – Tempo de silêncio 13:00h – Almoço 14:30h – Tempo de Compaixão / Evangelização 16:30h – Intervalo 17:00h – Ensaio de cânticos 18:00h – Paixão do Senhor – Adoração da Santa Cruz 19:30h – Jantar 21:30h – Via-Sacra, com todas as paróquias da cidade, a sair do Seminário de Coimbra
31 de Março, sábado
09:30h – Laudes 10;30h – Tema 11:30h – Tempo de silêncio 13:00h – Almoço 14:30h – Tempo de Divulgação / Evangelização 17:00h – Lanche 18:00h – Preparação da vigília 19:30h – Jantar 22:00h – Vigília Pascal da Ressurreição do Senhor
Queridos irmãos e irmãs, Este Pentecostes 2017 vai ser verdadeiramente excepcional. O Jubileu de Ouro do renovamento carismático católico é uma ocasião formidável para pedirmos uma nova Efusão do Espírito Santo, para cada um de nós, para a Comunidade Emanuel e para toda a Igreja. Os textos da novena seguem em anexo, assim como o texto com as Palavras do Papa Francisco para cada dia.
Que o Senhor nos renove a todos com o poder do Seu Espírito!